top of page
Faculdade Ciências Médicas - Campus III

Faculdade Ciências Médicas - Campus III

FICHA TÉCNICA

ÁREA DO TERRENO

PROJETO

ARQUITETURA

MORETZSOHN

ÁREA CONSTRUÍDA

15.036,16 m²

TIPOLOGIA

Institucional

EQUIPE

Guilherme Moretzsohn, Libner Melo

ANO

2022

O projeto de expansão da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG) não é apenas um reflexo do crescimento da instituição, mas também um testemunho do compromisso com a saúde e a educação da cidade. Ao transferir para o novo terreno a continuidade do Ambulatório-Escola, a edificação surge como um símbolo de inovação e cuidado. A integração de espaços para atendimento médico gratuito e formação acadêmica se desenha com respeito ao legado arquitetônico da região, ao mesmo tempo em que apresenta um novo exemplar arquitetônico, que combina materiais tradicionais e modernos, respeitando a história e a paisagem urbana.

A edificação existente, com uma área construída de 15.036,16 m², passará por uma transformação que ampliará significativamente seus serviços e suas capacidades. O novo projeto visa aumentar a taxa de permeabilidade do terreno para 21,61%, com a inclusão de áreas verdes sobre terreno natural e jardineiras com sistema de captação de água. Além de garantir benefícios ambientais, como a absorção da água da chuva e a redução do impacto urbano, essa intervenção visa criar um ambiente mais saudável e sustentável. Com a integração dessas novas áreas verdes, o projeto promove uma harmonia entre a edificação e o meio ambiente, criando uma estrutura que não só oferece mais serviços à comunidade, mas também contribui para a melhoria da qualidade de vida urbana.

As fachadas da nova edificação foram projetadas para valorizar o entorno e complementar a estética histórica da região. O uso do granito cinza escovado no barrado inferior não apenas proporciona uma aparência robusta e resistente, mas também contribui para a durabilidade e facilidade de manutenção, fundamentais para uma via com grande fluxo de pessoas e veículos. Já o tijolinho, empregado na fachada frontal, faz referência às torres de chaminés da fábrica vizinha, criando uma conexão visual com a arquitetura local e preservando a memória histórica do bairro. O volume superior da edificação, revestido em quartzo branco, remete ao pó de pedra, um material tradicionalmente utilizado nas construções de Belo Horizonte do início do século XX, criando um elo entre passado e futuro. O uso moderado de vidro, além de proporcionar iluminação natural e ventilação, estabelece uma comunicação visual entre os ambientes internos e o exterior, promovendo transparência e integração com o espaço urbano. Essa composição de materiais, aliada à adaptação da fachada, garante que a nova edificação se insira de forma respeitosa e harmoniosa no conjunto arquitetônico protegido da região, mantendo sua identidade enquanto agrega valor à paisagem.

bottom of page